De acordo com DSM-V – (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais em sua 5º edição) são condições comportamentais caracterizadas por prejuízos no desenvolvimento de habilidades sociais, ou seja, dificuldades de socialização, de interagir com outras pessoas, prejuízos na capacidade de comunicação verbal e não verbal, na fala e na linguagem, a criança não fala e não consegue expressar o que está sentindo por outros meios de comunicação, ou geralmente só fala frases repetidas, tem dificuldades na cognição, ou seja na inteligência. Os sintomas aparecem nos primeiros anos de vida, com essas principais alterações. Essas condições podem aparecer de diversas formas e possibilidades, lembrando que no “autismo” cada caso é um caso, podemos encontrar crianças com quadros mais leves, moderados e mais graves, podem ser encontradas crianças com o mesmo diagnóstico, porém com características diferentes. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento (mas podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais excedem as capacidades limitadas ou podem ser mascaradas por estratégias aprendidas mais tarde na vida). A gravidade baseia-se em prejuízos na comunicação social e em padrões restritos ou repetitivos de comportamentos, onde os sintomas causam prejuízos clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente. Dentro do Espectro do Autismo inclui-se, transtorno artístico (autismo), transtorno de Asperger, transtorno desintegrativo da infância e transtorno global ou invasivo do desenvolvimento sem outra especificação. Ainda não se tem uma causa específica e nem exames que possam ser feitos para prevenir ou diagnosticar o autismo, mas existem vários estudos em andamento e apontam que a maior causa seja a genética, existem mais 100 genes identificados como fazendo parte do Transtorno do Espectro do Autismo, porém ainda não tem um conjunto de genes específicos para falar que é assim que se forma o autismo e nem um exame que confirme que seja realmente, mas também existem causas ambientais que podem ser intra- uterino ou fora, que também afetam e causam uma vulnerabilidade maior, a pessoa tem uma maior chance de ter autismo, a pessoa já nasce com a genética constituída, portando autismo, ou já nasce com uma pré-disposição para o autismo e alguns fatores do dentro do útero ou fora do útero possibilitam esse desencadear do autismo. Esses fatores são, parto pré-maturo, sangramento na gravidez, uma gestação difícil e sofrida, diabetes na gestação, gravidez de múltiplos, o índice de autismo está aumentando e pesquisas apontam que pais com mais de 40 anos de idade tem mais probabilidade para ter filhos com autismo, já foi comprovado que a polução também aumenta a probabilidade de autismo. São várias as causas e não temos o controle sobre elas, mas podemos identificar precocemente e começarmos o tratamento o mais rápido possível para que essa consiga se desenvolver, mas ainda hoje o diagnóstico é 100% comportamental.
A criança com autismo pode não desenvolver os comportamentos e características para as fases de desenvolvimento normal de uma criança, ou pode desenvolver características de acordo com a sua idade, mas por volta dos dois anos de idade pode sofrer uma regressão desses comportamentos, então ela falava, interagia, brincava, mas acabou perdendo e não faz mais essas coisas. Ter autismo é somente uma das características que a criança tem, ela deverá ser ensinada e cuidada como qualquer outra criança, a diferença é que uma criança com autismo deverá ser mais estimulada em casa, na terapia, na escola e ela deverá ser estimulada a fazer suas atividades sozinha pois ela tem capacidade. Os pais não deverão esperar um amadurecimento desses comportamentos negativos da criança sem um auxílio. Se a criança não for tratada e estimulada corretamente, a tendência é que haja um aumento do distanciamento entre ela e as outras crianças., a criança precisa ser inserida na sociedade.