Masculinidades Negras

É preciso considerar as subjetividades raciais na construção social quando estamos contextualizados no Brasil. Para Franz Fanon, negros e negras não são vistos como humanos porque o desenvolvimento moderno da noção de humanidade teve na Europa colonialista seu apogeu. Diante dessa realidade, ia povos colonizados não poderiam compor a “orquestra da humanidade” como sujeitos (…). O machismo e o racismo se entrelaçam e se potencializam na sociedade capitalista.

Até que ponto podemos falar em “privilégio masculino” quando descobrimos que os homens negros estão abaixo até mesmo das mulheres negras no quesito mortalidade, encarceramento e violência urbana? Pode um homem negro “ser homem” e ser cobrado como tal em uma sociedade racista?

Tais perguntas não buscam isentar os homens negros de sua responsabilidade em potenciais privilégios em uma sociedade machista, mas o colonialismo trás questionamentos sobre esta expectativa na masculinidade integral.
Ao mesmo tempo, as masculinidades negras são plurais, mas o ponto é que não se pode mais ignorar o drama negro legado pelo racismo finalmente começa a ser demarcado, problematizado e publicizado.

No decorrer do mês de novembro abordaremos temas sobre a negritude e saúde mental no Brasil. O Instituto Gaspar Bandeira faz parte dessa rede de conscientização. Conte conosco. ?

Fonte: revista cult 242

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